E se eu estiver errada?
Durante as férias, tirei alguns dias para desacelerar e me reconectar com aquilo que me inspira. Uma das formas que mais gosto de fazer isso é através da leitura — e, dessa vez, um dos livros que me acompanhou foi “Eu posso estar errado”, de Björn Natthiko Lindeblad (me foi presenteado por uma amiga querida, inclusive com suas marcações. O tanto que amei isso?!)
É um livro lindo que conta a trajetória de Bjorn, um sueco que aos vinte e poucos anos trocou a promissora carreira de executivo pela vida de monge budista nas florestas da Tailândia. Por 17 anos. Após se desligar da vida monástica, tornou-se professor de meditação e palestrante de sucesso.
O título por si só já é um convite: quantas vezes não nos apegamos às certezas, tentando controlar tudo, quando na verdade a vida está sempre em movimento?
Uma das passagens que mais me marcou foi sobre a importância de cultivar a leveza diante do que não sabemos. Porque, na prática, a mudança é sempre parte da nossa caminhada — mesmo quando resistimos.
Aqui vai um trechinho:
“Espero que a sua vida possa ter menos de punhos cerrados e um pouco mais de mãos abertas. Que você tenha um pouco menos de controle. Um pouco mais de confiança. Um pouco menos de necessidade de saber tudo de antemão. Que você aceite um pouco mais a vida como ela é. Isso faz muito bem a todos nós.(…)
Relaxe os punhos sempre que puder.”
Achei tão linda essa ilustração de como podemos nos beneficiar de deixar pra trás as coisas às quais nos agarramos com força demais: objetos, sentimentos, convicções.
E é justamente nesse espaço entre o conhecido e o incerto que muitas vezes encontramos nosso verdadeiro caminho.
Talvez você também esteja passando por um momento de transição, ou sentindo que algo dentro de você pede uma nova direção. Se for o caso, este pode ser um bom lembrete: não precisamos ter todas as respostas agora, e o controle é uma ilusão. Podemos simplesmente estar abertas para reconhecer que “eu posso estar errada” — e, ainda assim, dar o próximo passo.
Deixo então essa pergunta para você:
✨ O que poderia mudar na sua vida se você desse espaço para olhar de um jeito diferente?
Com carinho,
Laura
