O medo nunca foi embora (e talvez isso seja bom)

Quando olho para trás, percebo que algumas das minhas escolhas mais importantes sempre vieram acompanhadas do medo.

Mudar de país.

Transição de carreira. E de novo.

Emagrecer.

Estabelecer limites e escolher uma rotina mais saudável.

Em cada uma dessas fases, o medo esteve presente — mas ele não me paralisou. Pelo contrário: ele me mostrou que eu estava prestes a dar um passo que realmente importava.

Lembro claramente de quando decidi me mudar de país. Fiz um processo de coaching para me ajudar nessa transição, e uma frase da minha coach nunca saiu da minha cabeça:

"Laura, se na sua cabeça já está estabelecido que você vai se mudar, a decisão está tomada. Talvez agora seja o momento de pensar nos passos que você precisa dar para chegar lá da melhor forma possível e sem desistir no meio do caminho."

Naquele momento, algo mudou dentro de mim. Eu percebi que coragem não era esperar o medo desaparecer, mas sim aprender a organizar as minhas forças e entender o que poderia interferir na construção de um caminho possível.

O que me moveu não foi a ausência do medo, mas a clareza do que eu queria construir. Entender meus valores, encontrar motivação real e reconhecer os recursos que já estavam disponíveis para mim foi o que me deu coragem de seguir.

Porque coragem não é ausência de medo. É dar o próximo passo mesmo com ele presente.

Coragem é olhar para si mesma, perceber o que é realmente importante e se colocar em movimento, um passo de cada vez.

E talvez essa seja a grande chave: o medo pode até ser um companheiro de viagem, mas ele não precisa ser o motorista da sua vida.

Com carinho,

Laura

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