Uma simples pergunta mudou tudo
Quando fiz minha formação em coaching, não imaginava o quanto aquelas ferramentas transformariam minha forma de enxergar as relações — não só com minhas clientes, mas dentro de casa também.
Lembro de uma situação simples, mas que nunca mais esqueci.
Um dia, encontrei meu filho, Rafa, na época com 8 anos, jogando videogame escondido — em um dia e horário que não era permitido.
Fiquei brava. Minha reação automática seria impor um castigo, como qualquer mãe faria.
Mas, naquele dia, decidi tentar algo diferente.
Olhei para ele e perguntei:
“Rafa, o que você fez foi certo ou errado?”
Ele respondeu:
“Foi errado, mamãe.”
Então perguntei:
“E o que você acha que deveria acontecer agora?”
Ele pensou por alguns segundos e disse:
“Joguei videogame quando não podia. Acho que devo ficar sem jogar por uma semana.”
Naquele momento, eu me calei.
Fiquei surpresa com a maturidade da resposta — e, pra ser sincera, achei até um pouco exagerada.
E fiquei ainda mais surpresa quando percebi que, por ser uma decisão dele, ele realmente cumpriu o que havia proposto, sem me pedir em momento algum para mudar o combinado. Ele estava se responsabilizando pelos seus atos. E agindo de forma coerente.
Foi ali que entendi, pela primeira vez, o poder das perguntas.
Quando alguém é convidado a refletir com honestidade, acessa um lugar de consciência que nenhuma resposta externa conseguiria oferecer.
As perguntas certas não trazem respostas prontas — elas abrem caminhos.
E é exatamente isso que vejo acontecer nas minhas sessões de coaching: mulheres que, ao se escutarem com profundidade, encontram clareza sobre o que realmente precisam fazer.
Nem sempre é fácil, mas é sempre transformador.
Com carinho,
Laura
